Sua Alteza Real, Catarina, Princesa de Aosta

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     Catarina de Sabóia-Aosta (Aosta, 11 de Setembro de 1720 - Turim, 10 de março de 1773) foi Grã-Duquesa Consorte de Sabóia desde 1738 até 1746 quando, por pressão da corte, seu marido abdicou em nome de seu filho mais velho. Manteve o Título de Duquesa-mãe até a morte.

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     Catarina Francisca Genevieve Gioconda de Sabóia-Aosta nasceu no castelo de Aosta, em Sabóia, em 11 de Setembro de 1720. Era filha de Carlos Emanuel, Duque de Aosta e Ana Cristina Luísa de Sulzbach, Princesa Palatina de Sulzbach. Por sua vez, era neta de Vítor Amadeu II, e portanto, sobrinha do Grão-Duque de Sabóia. Sua mãe faleceu durante o parto e seu pai se casou outras duas vezes, lhe dando 4 irmãos que morreram antes da fase adulta. Catarina era, portanto, a única esperança de Carlos de retomar o trono de alguma forma.

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     Casou-se aos 18 anos com o seu primo Adone Emanuel, príncipe do Piemonte, que na época tinha apenas 13. O casamento foi obra da influencia de seu pai com o Grão-Duque, a Grã-Duquesa e após com os regentes do príncipe por longos anos. O seu casamento significava o fim do conflito de sucessão entre a linhagem de Giovanni I, o filho legitimado e Carlos Emanuel, o filho legítimo de Vítor Amadeu II.

     A Grã-Duquesa Consorte teve um casamento infeliz. Levou anos para que seu marido atingisse certa maturidade e a desposasse, sendo um alvo de ameaças por todo este tempo. Teve  dois filhos com o seu marido, das poucas relações que mantinham. 

     Catarina e seu marido passaram por fortes pressões para abdicar o trono e precisou lutar sozinha para se manter, sendo regente em nome de seu filho. Lutava constantemente contra a influencia de seu pai e tinha fortes surtos de ciúme, acusando publicamente o seu marido de traição com outras nobres, serviçais e até mesmo com outros homens.

     Sua vida pessoal durante e após o reinado lhe deu uma fama de louca, soberba e gastadeira. Suas festas particulares no Palazzo Madama, em Turim, ficaram conhecidas como "A Cúpula de Catarina". Tal cúpula se resumia em um desfile incansável de festas caras, vestidos que custavam verdadeiras fortunas e não se adequavam a moda, Orchestras convidadas da França, trupes teatrais e presentes dados aos seus favoritos. A Grã-Duquesa milagrosamente conseguia sustentar seus carnavais gastando pouco, arrecadando o dinheiro com jogos de azar e leilões dos muitos presentes que recebia. Em suas ambições, constava ainda o projeto de montar um Zoológico exótico e particular no Stupinigi, que nunca foi para frente.

     Após a maioridade de seu filho, Catarina pôde viajar pela Europa anualmente, aumentando a sua popularidade pelas cortes. Já nao vivia mais com o seu marido, embora fossem legalmente casados. Em seus anos finais, começou a demonstrar problemas mentais e aversões. As festas já nao aconteciam, e em seu lugar era vista ocasionalmente dando gritos pelas janelas em pleno centro de Turim. Por ter sido boa mãe e regente, não foi exilada com Adone, mantendo residência no Palazzo Madama de sua aposentadoria  até a sua morte.

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     Catarina morreu dormindo no Palazzo Madama em 1773, aos 53 anos.